Burros & Artes em destaque no Jornal i

 In Actividades, Na imprensa

Edição de fim-de-semana publica reportagem de duas páginas no suplemento ‘LiV’

O

Jornal i esteve no Vale das Amoreiras, em Aljezur, para contar a história da empresa Burros & Artes, uma associada Casas Brancas, e de como Sofia von Mentzingen e Elsa Ribeiro levam a cabo este projecto com os seus fiéis e peludos companheiros de quatro patas. Ao todo são 12 equídeos que habitam o Sítio dos Burros. “Eu sou a dos burros e a Elsa é a das artes”, explica Sofia, para tirar as dúvidas. “Passeios pedestres, animação ambiental e interacção com a região, tudo e sempre na companhia de burros”, explica esta alemã no seu “português quase perfeito”, como refere a jornalista Clara Silva. Como não podia deixar de ser, o campo de acção é a nossa Costa Vicentina. Para cima e para baixo as burricadas são organizadas por montes e vales em pequenas caminhadas de uma hora e meia ou programas mais longos que podem ir até aos oito dias com “burros, alojamento e refeições”. Sofia, que deixou a sua profissão de gestora cultural em Colónia, na Alemanha, mora em Aljezur há dez anos e desde que chegou a Portugal já foi professora de português para estrangeiros, enfermeira pediatra e guia turística, entre outras profissões. Mas de repente viu-se a cuidar de burros e quem a vê a lidar com eles parece ver ali uma ligação especial que o comum dos homens desconhece. É assim que muitas vezes acontece: a história começa com uma recordação de infância. A mãe de Sofia tinha um burro de estimação quando era criança, lembrando-se sempre dele com muito carinho, e quando “viu um anúncio de venda de burros num supermercado em Aljezur”, vila algarvia onde viviam há 17 anos, não conseguiu resistir e comprou dois. “Na altura não gostei nada da ideia”, confessa Sofia ao i, achando que mais cedo ou mais tarde ia sobrar para ela. Mas o processo foi natural. Apesar de ter sobrado, Sofia “parece não ter-se importado com isso” e embora nunca na vida tenha pensado em “fazer coisas com burros”, hoje “passa os dias a cuidar deles e a prepará-los para passeios com estrangeiros”, podemos ler na reportagem; que refere ainda que a escolha dos turistas portugueses se concentra mais na altura do Verão. Os passeios têm de começar cedinho. “Quanto mais tarde mais quente”, explica Sofia. Nessa altura há “mais insectos e burros menos animados”, informando que “ao meio-dia já é hora de soneca”. Com tudo isto o trabalho de preparação é extenso em pormenores, para que tudo corra pelo melhor e os burros estejam na sua melhor forma, já que por vezes os passeios duram dez dias. Temos de lembrar que o passatempo destes animais é rebolar no chão e por isso é preciso libertá-los do pó e escová-los afincademente. Depois vêm os cascos que têm de estar um primor. No final são as rédeas e as albardas para transportar as bagagens dos turistas e os preparos para os piqueniques, que também estão incluídos. Tudo pode chegar aos 30 quilos. E Sofia avisa: “Para nós o burro não é para montar”, explicando que só as crianças o podem fazer.

20140508.003

Socializar por aí

Com nomes como Flor, Luna – mãe e filha – ou Jeco, os burritos são já figuras conhecidas dos arredores de Aljezur e óptimos para fazer novos conhecimentos e socializar. “Toda a gente se meteu connosco no caminho”, conta um casal de franceses com o seu filho de dois anos que foram passear com o Jeco até à praia. O contacto com estes animais é também uma forma de descanso já que nos ajudam a libertar as tensões. Mas é um processo que tem as suas regras. Para além de ser um animal “muito descontraído”, é preciso “dar espaço atrás do burro”, refere a sua dona. E quando se acabam as cenouras é a voz de Sofia que vai acalmando o animal. É preciso “ir falando com ele para ele ir ouvindo a nossa voz e ficar calmo e relaxado”. Se os burros são mais teimosos do que outros animais isso ainda estamos para descobrir. Mas é sempre preciso encontrar truques para os “animar”. “Não podemos deixar que eles parem, se não nunca chegamos ao fim do passeio. Eles aguentam duas horas sem comer e o ideal é pararem só quando nós paramos”, declara esta simpática alemã. É a experiência a falar, de uma actividade que acima de tudo é segura. Desde 2009 nunca houve qualquer acidente e quem se quiser aventurar pode alugar o burro sozinho e ir “socializar por aí”. No final de um percurso “sem grandes peripécias”, a jornalista do i teve por certo uma semana mais calma. “No fim do passeio parece que estamos anestesiados”, acabou por confessar. Para além do passeio, foram com certeza os ares da Costa Vicentina a fazerem a sua terapia. Este é um dos cartões de visita da rede Casas Brancas, que está por cá para o receber com uma grande variedade de propostas. Não hesite, é só escolher.

Venha também para uma burricada na Costa Vicentina

O projecto Burros & Artes fica em Aljezur. Os passeios começam nos 30 euros, com guia, um burro e uma hora de passeio. Com dois burros o preço sobe para os 45 euros. Os trekkings podem chegar aos 1200 euros, para um passeio de cerca de uma semana. Um burro por um dia custa 160 euros e sem o guia 65 euros. Para além das burricadas não se esqueça da Elsa. Aqui pode também encontrar oficinas de olaria e workshops de artesanato e um mundo ligado às artes.

PARA MARCAÇÕES E TODA A INFORMAÇÕES QUE NECESSITA VISITE burroseartes.casasbrancas.pt
Recommended Posts

Leave a Comment