Um doce feito com vinagre

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C hama-se Doce de Vinagre… Palavra de honra! E é uma sobremesa bem popular! Que o diga o nosso sócio que já a elegeu especialidade da casa! Saiba quem, como, quando, onde e porquê, aqui.

O nome serve para aguçar a curiosidade. O sabor para despertar sentidos! É que ingrediente tão ou mais ácido como o que lhe dá nome é difícil… Quanto ao resultado … A textura é fora do comum e o sabor, uma surpresa com forte travo a canela.

O leme desta “Barca (Tranquitanas)” está nas mãos de um homem, o Arménio, mas é caso para dizer que por aqui se confirma o ditado: atrás de um grande homem, está sempre uma grande mulher. Trata-se da simpática e bonita Otilía! Foi ela que encontrou a receita do doce de vinagre e por lhe achar graça levou-a ao marido para este dizer de sua justiça o que lhe parecia. Experimentaram e o sucesso foi tal que rapidamente passou a fazer parte do cardápio da “Barca Tranquitanas”, na Entrada da Barca, a 4 km da Zambujeira do Mar.

[blockquote author=”Arménio Silva” pull=”pullleft”]Todas as alturas do dia são boas para petiscar![/blockquote]

Hoje, este doce de vinagre é especialidade da casa e embora os petiscos que por lá se devoram tenham mais fama – o polvo e a moreia frita, as amêijoas à bulhão pato, as sapateiras e as santolas, as navalheiras ou os suculentos perceves – se vai passar lá por perto delicie-se com este “tira gosto”! Uma insólita sobremesa, com segredo, claro está, que não se pode revelar (até porque não sabemos, nem a nós o senhor Arménio conta!). Sabemos apenas que leva ovos, vinagre, uma pitada de canela – na hora – e que se come fresco. Também sabemos, e com conhecimento de causa, tratar-se de uma divina experiência gastronómica! Mas para perceber o que queremos dizer não há melhor do que conhecer o dito doce in loco!

“Barca Tranquitanas”, uma história de família

A “Barca Tranquitanas” era do pai de Arménio, mas acabou por lhe vir parar às mãos, em 87. Inicialmente era uma tasca onde os pescadores da zona se juntavam para que o pai de Arménio cozinhasse o que eles pescavam! Mais tarde, Arménio assumiu o comando deste navio transformando a tasca em restaurante. De diferente, o Tranquitanas tem o facto de não fechar entre refeições: “Todas as alturas do dia são boas para petiscar” brinca Arménio. Daí que a partir do meio dia a cozinha não tenha descanso e normalmente não tem hora de fecho…

Falta acrescentar que hoje, bom, hoje em dia a “Barca Tranquitanas” é sem sombra de dúvida um dos restaurantes preferidos de quem passa pela Zambujeira do Mar e valoriza peixe fresco, bom marisco e outros deliciosos petiscos. E o segredo, como diz Arménio, é só um “tratar bem os clientes, recebe-los, mimá-los e esperar que regressem”.

Até já!

Mais informações em abarcatranquitan­as.­casasbrancas.­pt
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